886 resultados para Drogas Toxicologia - Teses


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A azatioprina e a 6 mercaptopurina (6-MCP) so drogas muito utilizada no tratamento das doenas inflamatrias intestinais (DII), porm esto associadas a vrios efeitos colaterais. A determinao prvia do gentipo da tiopurina metiltransferase (TPMT) pode identificar pacientes de maior risco de toxicidade a droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalncia dos polimorfismos do gene da TPMT em pacientes com DII acompanhados no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, comparando com a prevalncia em outras populaes e correlacionar a presena desses polimorfismos com a toxicidade s drogas. Foram avaliados 146 pacientes com doena de Crohn (DC) e 73 com retocolite ulcerativa idioptica (RCUI). A pesquisa dos principais gentipos da TPMT (*2, *3, *3C) foi realizada por tcnicas de PCR (alelo especfico e RFLP). Os achados clnicos foram correlacionados com a genotipagem e avaliados por anlises multivariadas. Dentre os pacientes que estavam em uso de azatioprina, 14 apresentaram pancreatite ou elevao de enzimas pancreticas, 6 apresentaram hepatoxicidade e 2 evoluram com neutropenia. Os polimorfismos do gene da TPMT foram observados em 37 dos 219 pacientes (8 foram heterozigotos para o gentipo *2, 11 heterozigotos para *3A e 18 foram heterozigotos para o polimorfismo *3C). No foi observado nenhum homozigoto polimrfico. Uma correlao positiva foi observada entre a elevao de enzimas pancreticas e os gentipos *2 e *3C. A prevalncia dos polimorfismos neste estudo (16,89%) foi maior que a descrita para populao caucasiana e em outros estudos brasileiros. Apesar do predomnio do gentipo *3C, no houve ocorrncia exclusiva de um polimorfismo, conforme observado em outras populaes. A populao brasileira devido sua miscigenao tm caractersticas genotpicas prprias diferentes do outros pases do mundo. Dois polimorfismos da TPMT (*2 e *3C) estiveram associados toxicidade ao uso da azatioprina em pacientes com DII no sudeste do Brasil. O teste gentico pode auxiliar na escolha da melhor droga e na dose ideal para os pacientes portadores de DII antes do incio do tratamento.

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Pesticidas organofosforados so amplamente usados e seu uso constitui um grave problema de sade pblica. A ao clssica destes compostos a inibio irreversvel da acetilcolinesterase, promovendo acmulo de acetilcolina nas sinapses e hiperestimulao colinrgica. No entanto, as consequncias da exposio a baixas doses podem se estender a outros mecanismos de ao e sistemas neurotransmissores. Considerando que crianas constituem um grupo particularmente vulnervel aos efeitos de pesticidas, neste trabalho investigamos os efeitos da exposio aos organofosforados metamidofs (MET) e clorpirifs (CPF) durante o desenvolvimento sobre os sistemas colinrgico e serotoninrgico e sobre o comportamento de camundongos. Para isso, camundongos suos foram expostos a injees subcutneas de MET, clorpirifs ou veculo do terceiro (PN3) ao nono (PN9) dias de vida ps-natal. As doses de exposio foram previamente escolhidas atravs da construo de uma curva dose-resposta que identificou como mais adequadas para este estudo as doses de 1mg/kg de MET e 3mg/kg de CPF, as quais promoveram em torno de 20% de inibio da acetilcolinesterase. Em PN10, parte dos animais foi sacrificada e foram avaliados os sistemas colinrgico e serotoninrgico no tronco enceflico e crtex cerebral. De PN60 a PN63, os animais foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais. Em seguida, estes animais tambm foram sacrificados tendo sido avaliados os sistemas colinrgico e serotoninrgico. Em PN10, MET e CPF causaram alteraes que sugerem aumento da atividade colinrgica respectivamente no tronco e crtex em fmeas. No sistema serotoninrgico, apenas CPF promoveu alteraes, aumentando a ligao ao receptor 5HT1A e transportador 5HT em fmeas e diminuindo na ligao ao 5HT2. Em PN63, a atividade da acetilcolinesterase foi reestabelecida em todos os grupos. Ainda assim, MET diminuiu a atividade da colina acetiltransferase no crtex e a ligao ao transportador colinrgico no tronco. Quanto aos efeitos do CPF, no tronco, houve reduo da atividade da colina acetiltransferase em fmeas e aumento em machos. Sobre o sistema serotoninrgico, MET e CPF promoveram diminuies no 5HT1A respectivamente no tronco e crtex das fmeas e CPF aumentou a ligao no crtex de machos. A ligao ao 5HT2 foi aumentada aps o tratamento com MET e ao transportador 5HT foi diminuda em fmeas aps o tratamento com clorpirifs. Sobre o comportamento, identificamos comportamento associado depresso em animais expostos a MET e aumento dos nveis de ansiedade, alm de prejuzo de aprendizado/memria aps exposio CPF. Desta forma, nossos resultados indicam que a exposio metamidofs e clorpirifs durante o desenvolvimento capaz de alterar, de diferentes formas, a atividade colinrgica e serotoninrgica, mesmo que as doses de exposio sejam toxicologicamente equivalentes. Foram verificados efeitos nas vias neuroqumicas logo aps a exposio e aps um longo perodo de interrupo do tratamento, indicando efeitos tardios em sistemas importantes que podem estar associados s alteraes comportamentais. Finalmente, o presente estudo refora a associao epidemiolgica entre pesticidas e alteraes psiquitricas e a capacidade da programao de alteraes a longo-prazo quando a exposio se d durante o desenvolvimento.

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A tuberculose (Tb) a principal causa de morte no mundo, por um agente infeccioso. O tratamento padro a quimioterapia: rifampicina (RMP), isoniazida (INH) e pirazinamida (PZA). O maior problema global da Tb o aumento de cepas multirresistentes (resistncia pelo menos INH e RMP) do <i>Mycobacterium tuberculosis</i> (MTb). A resistncia INH e RMP ocorre geralmente por mutao gentica nos genes KatG e rpoB, respectivamente. Os objetivos deste trabalho foram: 1. Analisar os tipos e freqncias de mutaes em duas regies iniciais do gene katG do MTb. 2. Determinar os tipos e freqncias das mutaes no gene rpoB. Duas regies do gene katG e uma do gene rpoB foram amplificadas por PCR e seqenciadas para o diagnstico das mutaes. Para a anlise do gene katG foram utilizadas 101 cepas. Dentre estas, 4 eram sensveis e no apresentaram mutao (controle). Das 97 cepas restantes, na primeira regio seqenciada do KatG, no ocorreram mutaes em 67. Nas outras 30 cepas houve 33 delees de nucleotdeos, sendo que 24 ocorreram no ltimo nucleotdeo do cdon 4 (24,7%), o que caracterizou um novo alelo. Na regio 2, dentre as 97 cepas no houve mutao em 16 - sete estavam associadas a ausncia de mutao na regio 1. Ocorreram 83 mutaes pontuais, sendo 75,3% no cdon 315. Sete cepas resistentes a INH no apresentaram mutaes em nenhuma das duas regies analisadas. As mutaes na regio 2 permitiram o diagnstico de resistncia INH em 79 cepas ou 81,4%. Nove cepas que no mostraram mutaes na regio 2 tiveram mutaes na regio 1. Logo, esta regio permitiu o acrscimo do diagnstico de resistncia INH para 88 cepas, aumentando a positividade em 9,3%. Em sete casos resistentes no houve mutao em ambas as regies. Na anlise do gene rpoB usamos 120 cepas de MTb. Nenhuma mutao foi encontrada em 13 isolados resistentes RMP. O cdon que apresentou maior freqncia de mutao foi o 531 (45.6%), seguido pelo 526 (26%) e 516 (12.5%). Em outros onze cdons, foi encontrado um total de 18 mutaes (15.2%), principalmente nos cdons 511 (3.4%) e 513 (3.4%). Nenhum dos isolados sensveis RMP apresentou mutaes. No Estado do Rio de Janeiro, as mutaes mais freqentes foram: 516 (5%), 526 (2.5 %) e 531 (21.2%). Dentre os outros estados, as mutaes mais freqentes foram: 516 (2.5 %), 526 (11%) e 531 (19.4%). A freqncia de mutaes dos isolados do Rio de Janeiro foi comparada com a encontrada nos outros estados, mas quando o removemos da anlise, a freqncia de mutaes nos cdons 531 e 526 para os outros 15 estados semelhante. A anlise estatstica mostra que este dado significativo (p=0.002). No entanto, quando todos os estados so analisados simultaneamente, o cdon 531 novamente o mais freqentemente mutado. A anlise do gene rpoB diagnosticou a resistncia rifampicina em 89,17% das cepas. Nossos resultados confirmam que, no Brasil, mutaes na regio RRDR do gene rpoB podem predizer resistncia a RMP.

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Este estudo teve como objetivo avaliar o papel da administrao crnica de cafena durante a gestao de camundongos C57BL/6 sobre o remodelamento cardaco e a expresso de componentes do sistema renina-angiotensina (SRA) na prole macho adulta. Fmeas C57BL/6 grvidas foram divididas em dois grupos (n = 10): grupo controle (C), progenitoras foram injetadas apenas com o veculo (soluo salina NaCl 0,9%), e grupo cafena (CF), progenitoras receberam diariamente uma injeco subcutnea contendo 20 mg/kg de cafena (1 mg/ml de soluo salina). Aps o desmame, os filhotes tiveram livre acesso rao padro at 90 dias de idade quando foram sacrificados. Rim e ventrculo esquerdo (VE) foram coletados para anlise estrutural e western blotting. O grupo cafena mostrou uma reduo significativa no ganho de massa corporal (MC) (-18%; P <0,0001). O grupo cafena apresentou ainda um aumento da presso arterial sistlica (+ 48%; P <0,0001) e freqncia cardaca (+10%; P <0,01) em relao ao grupo controle. A massa do VE corrigida pela MC no grupo da cafena foi maior que no grupo C (+10%; P <0,01). O grupo cafena apresentou um aumento na rea de cardiomicitos (+40%; P <0,05), e reduzida densidade capilar (-25%; P <0,05). No rim, as expresses de renina (128%; P <0,05) e dos receptores 1 da angiotensina II (AT1R) (88%; P <0,05) foram significativamente maiores nos animais do grupo cafena. No VE, o grupo cafena demonstrou aumento da expresso de ECA (+30%; P <0,05), angiotensina II (+60%; P <0,01), e AT1R (+77%; P <0,01) e diminuio da expresso do receptor 2 de angiotensina II (-46%; P <0,05). Em concluso, a administrao crnica de cafena durante a gestao, possivelmente programa a expresso de componentes de sistema renina-angiotensina, levando ativao persistente do SRA renal e cardaco local, que por sua vez promove o aumento da presso sangunea, remodelao e efeitos cardacos adversos.

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O gnero Pterodon pertence famlia das Fabaceae e inclui quatro espcies nativas do Brasil: P. emarginatus Vog., P. apparicioi Pedersoli, P. abruptus Benth. e a espcie objeto deste estudo P. polygalaeflorus Benth.. Seus frutos so utilizados pela medicina popular devido s propriedades antirreumtica, analgsica, anti-inflamatria, dentre outros. O objetivo deste trabalho foi avaliar a espcie Pterodon polygalaeflorus quanto ao seu potencial anti-inflamatrio, antiartrtico e toxicolgico, atravs da anlise de seus efeitos em modelos in vitro e in vivo. Os extratos EEPpg, EHPpg e EDPpg reduziram (p<0,01) a produo in vitro de NO, por macrfagos ativados por LPS, com baixa citotoxicidade e diminuram a celularidade (p<0,05) no exsudato inflamatrio no modelo de inflamao in vivo conhecido como air pouch. O extrato mais ativo (EHPpg) foi selecionado e submetido a fracionamento em coluna de slica gel 60 gerando quatro fraes. Todas as fraes (Fr I-Fr IV) reduziram: a produo de NO (p<0,001) por macrfagos ativados, com baixa ou nenhuma citotoxicidade; a migrao de macrfagos in vitro (p<0,01, ensaio de wound healing) e in vivo (p<0,05, peritonite induzida por tioglicolato); e a proliferao de esplencitos estimulados com Con A (p<0,001). As fraes III e IV, mais ativas nos ensaios anteriores, mostraram ao antiartrtica (com 0,02 mg/kg), utilizando o modelo in vivo de artrite induzida por adjuvante completo de Freund (AIA), demonstrada por reduo: do ndice de edema de pata em 23,7% (Fr III) e 43,95% (Fr IV); das leses histopatolgicas na regio tbio-tarsal tpicas de articulaes com AIA (p< 0,05); do peso e celularidade do linfonodo e do bao, mas no da celularidade da medula ssea; das subpopulaes de linfcitos (CD4+, CD8+ e CD19+) nos linfonodos inguinais, porm com significativo aumento das subpopulaes ativadas CD4+CD69+, reduo da CD8+CD69+ e aumento de CD19+CD69+ (apenas na Fr III); e reduo da populao de macrfagos no bao (p<0,001). As fraes III e IV mostraram ao imunossupressora em nvel celular e molecular, reduzindo (p<0,001) os nveis do mRNA da iNOS, assim como as citocinas IL-1&#946;, TNF-&#945; e IL-10, em nvel de mRNA e protena, em cultura de macrfagos. A expresso do receptor CD14, em macrfagos estimulados por LPS (31,74%), foi inibida apenas pela Fr III. A osteoclastognese foi inibida pelas fraes III e IV, sugerindo uma ao antiartrtica das fraes em nvel de diferenciao celular para osteoclastos (inibio). Este efeito pode resultar da inibio da expresso do fator de transcrio NFATc1, no caso da Fr III. Por fim, as fraes Fr III e Fr IV no apresentaram toxicidade subaguda, potencial mutagnico (teste de Ames) ou genotxico (teste do microncleo). A ausncia de toxicidade in vivo das fraes ficou demonstrada pela ausncia de alterao no peso corporal e de rgos, nas concentraes sricas de creatinina, cido rico, triglicerdeos, colesterol, ALT e ALP, ou de CYP1A1 e GSTs no fgado. Anlises fitoqumicas (GC-MS e TLC) mostraram uma grande variedade de terpenos nas fraes III e IV, sendo majoritrios os furano-diterpenos derivados do vouacapano. O diterpeno isolado, Ppg-01, presente nas fraes III (5,12%) e IV (18,47%), reduziu a produo in vitro de NO e o edema de pata induzido por carragenina (p<0,001). Em conjunto, os dados sugerem que o Ppg-01 esteja contribuindo para as aes anti-inflamatrias e imunomoduladoras das fraes III e IV, e que estas propriedades estejam associadas aos efeitos antiartrticos observados.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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A taxa de controle da hipertenso arterial permanece subtima apesar dos amplos e intensos programas institucionais e o nmero das novas medicaes. A combinao de drogas de diferentes mecanismos de ao vem se tornando uma alternativa para aumentar a reduo na presso arterial (PA) e aumentar seu controle, aumentar aderncia ao tratamento e reduzir os eventos adversos. Um estudo fatorial 4X4 foi desenhado para determinar a eficcia e a segurana de telmisartana (T) mais anlodipino (A) em pacientes hipertensos estgios I e II. Pacientes hipertensos adultos (N=1461) estgios I e II (presso arterial basal 153,212,1 &#8260;101,74,3 mm Hg) foram randomizados para 1 de 16 grupos de tratamento com T 0, 20, 40, 80 mg e A 0, 2.5, 5, 10 mg por oito semanas. A maior reduo na mdia das presses sistlica e diastlica foram observadas com T 80 mg mais A10 mg (- 26,4 &#8260;20,1 mm Hg; p<0,05 comparados com as monoterapias). A taxa de controle da PA foi tambm maior no grupo T 80mg mais A 10mg (76,5% [controle total] e 85,3% [controle da PA diastlica ]), e taxa de controle da PA >90% com esta combinao. O edema perifrico maleolar foi o evento adverso mais frequente e ocorreu no grupo A 10mg (17,8%), porm, esta taxa foi marcadamente menor quando A foi usada associada com T: 11,4% (T20+A10), 6,2% (T40+ A10), e 11,3% (T80+A10). Um subestudo utilizando a monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA) foi realizado na fase basal e aps oito semanas de tratamento. A maior reduo mdia das presses nas 24 horas a partir do perodo basal foi registrada para a combinao de telmisartana 80 mg e anlodipino 10 mg e encontrou-se queda de 22,4/14,6 mmHg, de 11,9/6,9 mmHg para anlodipino 10 mg monoterapia e de 11,0/6,9 mmHg para telmisartana 80 mg (p< 0,001). Alm disso, resultados relevantes foram tambm constatados numa anlise post hoc de subgrupos incluindo idosos, obesos, diabticos tipo 2 e hipertenso sistlica. A resposta anti-hipertensiva da combinao foi semelhante, independente de qualquer caracterstica de cada subgrupo. Estes dados demonstram que telmisartana e anlodipino em combinao oferecem substancial reduo e controle nas 24 horas superior s respectivas monoterapias em hipertensos estgios I e II.

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Estudo qualitativo, com base na Anlise de Contedo, a partir da interrogao sobre como o usurio de drogas em situao de tratamento para a dependncia qumica percebe-se como trabalhador, e qual sua relao com o mundo do trabalho. O referencial terico apoiou-se nas definies de drogas psicotrpicas, dependncia qumica e trabalho, das seguintes fontes, respectivamente, Organizao das Naes Unidas (ONU), Classificao Internacional das Doenas (CID-10) e Ministrio do Trabalho (MT) e a teoria da Psicodinmica do trabalho. A metodologia baseou-se na Anlise de Contedo Temtica. A coleta de dados desenvolveu-se por meio de entrevistas em profundidade, e pela obteno de dados sociodemogrficos e de trabalho a partir dos registros. Foram realizadas trinta e oitos entrevistas semi estruturadas com dez mulheres, quatorze homens usurios de mltiplas drogas e quatorze homens usurios somente de bebidas alcolicas. Todos os sujeitos eram trabalhadores em tratamento no Centro de Ateno Psicossocial-lcool e drogas Centro Estadual de Tratamento e Reabilitao de Adictos (Caps-ad CENTRA-RIO). Foram organizadas e analisadas seis categorias: conciliao ente o trabalho e o consumo de drogas; trabalho e angstia; o mundo do trabalho favorecendo/estimulando o consumo; beneficio e UD; trabalho pleno; perspectivas de vida do UD. Discutiu-se a intensa relao de sofrimento que permeia o tempo todo o trabalhador usurio de drogas, as diversas alternativas experimentadas para conseguir conciliar o binmio trabalho e drogas, a submisso aos valores construdos no ambiente de trabalho, a funo de integradora intragrupo dos trabalhadores e teraputica das drogas para conseguir cumprir o trabalho real, sua funo relaxante e domadora da angstia e do medo. Nas concluses, discutem-se os limites do mundo do trabalho em acompanhar a evoluo do campo da sade mental e a Reforma Psiquitrica, e a importncia para a enfermagem do trabalho. O enfermeiro deve ser o articulador para que este trabalhador usurio de drogas atue como protagonista ativo da sua prpria histria, contribuindo com sua experincia, para que os profissionais de sade, o trabalho e a sociedade em geral aperfeioem formas de cuidar integral.

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A droga na atualidade considerada uma ameaa para a humanidade. Nos pases em desenvolvimento, o lcool o principal fator de risco, dentre as demais substncias psicoativas. Existem poucos estudos sobre a prevalncia do uso de drogas nos locais de trabalho no Brasil, e sobre os meios de enfrentamento das instituies empregadoras frente ao consumo de drogas por seus trabalhadores e as condies que levam a tal uso. O estudo foi estruturado em duas etapas: 1) reviso bibliogrfica de instrumentos auto-aplicveis sobre drogas entre trabalhadores e 2) elaborao e aplicao de um questionrio auto-aplicvel sobre o consumo de drogas entre trabalhadores. Foi traado os seguintes objetivos: 1 etapa - Levantar os estudos publicados, que apresentam como objeto o uso de lcool e drogas por trabalhadores, entre os anos de 1998 e 2008; Identificar e analisar os instrumentos auto-aplicveis, que mensuram a prevalncia e o padro de consumo de drogas em trabalhadores, utilizados pelos estudos; e Subsidiar o desenvolvimento de um questionrio auto-aplicvel sobre o padro de consumo de lcool e drogas entre trabalhadores; 2 etapa - Desenvolver um questionrio auto-aplicvel que permite identificar a prevalncia e padro de consumo de lcool e drogas entre profissionais de sade, assim como, as formas de enfrentamento por parte do trabalhador e das instituies empregadoras; Realizar anlise descritiva do questionrio desenvolvido e de seus principais resultados; e Avaliar a compreenso das perguntas do questionrio desenvolvido, a partir das sugestes e respostas marcadas pelos sujeitos do estudo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e exploratria realizada com 111 alunos de ps-graduao latu sensu de uma Faculdade Pblica de Enfermagem situada na Cidade do Rio de Janeiro. Atravs da reviso bibliogrfica verificamos que existem poucos instrumentos auto-aplicveis sobre o padro de consumo de lcool e drogas entre trabalhadores. Foi construdo um questionrio visando identificar informaes scio-demogrficas, a histria profissional, informaes sobre o consumo de lcool e outras drogas, informaes sobre o estresse laboral, e informaes sobre as formas de enfrentamento por parte do trabalhador e das instituies empregadoras sobre o consumo de drogas. Pela anlise do questionrio aplicado, observou-se que algumas questes foram de difcil compreenso e precisam ser reformuladas, a fim de melhorar a compreenso dos respondentes, j que um questionrio auto-aplicvel deve ser auto-explicativo. As escalas AUDIT e Job Stress Scale se mostraram importantes para identificar problemas relacionados ao lcool e o estresse laboral. O lcool foi a droga mais utilizada pelos profissionais de sade, seguido pelas substncias psicoativas. Portanto, deve-se dar um enfoque sobressalente para a questo do fenmeno das drogas no ambiente de trabalho, promovendo programas de preveno e de qualidade de vida ao trabalhador. Ressalta-se, tambm, a importncia de abordar as questes sobre drogas nas graduaes da rea da sade, promovendo o conhecimento do futuro profissional quanto aos riscos e danos decorrentes do uso e abuso de drogas.

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O objeto deste estudo foi a percepo dos discentes acerca do processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas. Os objetivos foram: 1) Descrever o processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas de acordo com a percepo dos discentes; 2) Analisar a construo do conhecimento dos discentes em relao ao fenmeno das drogas a partir das estratgias de ensinagem desenvolvidas; 3) Discutir os nexos entre a abordagem do fenmeno das drogas e a construo do conhecimento na perspectiva discente. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados de dezembro/2008 a janeiro/2009, na Faculdade de Enfermagem da UERJ, utilizando-se trs grupos focais, constitudos por 19 acadmicos dos trs ltimos semestres do curso. O projeto foi aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa da UERJ conforme protocolo n 029.3.2008 e os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tratados por anlise de contedo segundo Bardin, tendo sido selecionadas 142 Unidades de Registro. Estas foram agrupadas em doze unidades de significao, com suas respectivas quantificaes. Em conseqncia formaram-se trs categorias: Construindo conhecimento acerca do fenmeno das drogas; A conduo docente na construo do conhecimento; O processo de ensinagem na percepo discente. Como o processo de ensinagem consiste em uma prtica social que envolve o objeto de estudo, o docente e o discente, a primeira categoria engloba os assuntos pertinentes ao objeto abordado, a segunda se refere ao trabalho docente e a terceira ao discente, complementando as trs interfaces do processo de construo do conhecimento. Os resultados evidenciaram que a instituio de ensino desempenha um papel fundamental no meio acadmico ao utilizarem a metodologia crtica e problematizadora na abordagem do fenmeno das drogas, entretanto, h lacunas a serem preenchidas na construo do conhecimento sobre drogas.

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Este estudo buscou identificar a insero do Servio Social na interveno profissional junto dependncia de lcool e outras drogas na dcada de 1980, no Rio de Janeiro, a partir do debate conceitual acerca dessa temtica e da anlise das polticas pblicas formuladas pelo Estado brasileiro para o seu enfrentamento. Caracteriza-se como uma pesquisa de natureza exploratria face parca existncia de produes cientficas no Servio Social sobre tal questo. Assim, constituindo-se como uma contribuio em termos de subsdios ao profissional dos assistentes sociais. Os dados coletados junto aos representantes e assistentes sociais de instituies em funcionamento na dcada de 1980 permitiram delinear um perfil sobre a implantao do Servio Social na interveno profissional junto a essa problemtica. Inicialmente, as entidades sem fins lucrativos e os programas de dependncia qumica de empresa foram os principais espaos ocupados pelos profissionais de Servio Social, havendo uma inexpressiva presena nos rgos estatais. A partir dos anos noventa, com as polticas pblicas de ateno ao consumo de drogas, amplia-se o nmero de assistentes sociais com atuao nessa rea, cabendo, portanto, ao Servio Social contribuir mais intensamente com estudos cientficos, visando melhor instrumentaliz-los de forma terico-metodolgica e tcnico-operativa.

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O objetivo desta tese discutir como os moradores de favelas no Rio de Janeiro fazem para experimentar segurana em meio ao cotidiano marcado por inseguranas, violncia e vulnerabilidade social. Minha hiptese central que os moradores destas localidades visualizam nas lealdades primordiais (GEERTZ, 2008 [1973]), nas relaes de vizinhana e em redes formadas em torno do pertencimento a instituies religiosas, sobretudo as pentecostais e neopentecostais a base da segurana necessria para organizarem suas vidas, suas rotinas. Busquei responder s questes que me animavam a partir de um investimento etnogrfico em duas favelas cariocas, a saber, Santa Marta, localizada no bairro de Botafogo, Zona Sul, e, principalmente, Acari, localizada entre bairros da Zona Norte da cidade. Ao longo da etnografia realizei entrevistas semi-estruturadas com moradores evanglicos, traficantes, homens, mulheres, jovens e idosos, lideranas polticas e culturais. A partir destas entrevistas, assim como das conversas informais com moradores nestas favelas, pude observar a grande dificuldade que os moradores das referidas localidades tm, face violncia, para experimentar constantemente segurana e confiana, mesmo no caso dos moradores que desfrutam de densas redes de solidariedade e proteo baseadas no parentesco e/ou na partilha de identidade religiosa pentecostal. A parania, o medo da fofoca e do inimigo espreita tomam conta do cotidiano de moradores (e tambm de traficantes). Neste contexto, identifiquei nas suas tentativas de consolidao de vnculos sociais e afetivos, mas tambm em seus diversos clculos em termos de evitao da violncia suas principais estratgias para viver o dia-a-dia com certa tranqilidade. O curso da etnografia possibilitou, ainda, refletir sobre a importncia da articulao analtica de dois eixos temticos para o estudo da favela como fenmeno urbano/social hoje: religio e violncia. Esta avaliao fruto da observao das aproximaes entre traficantes que passaram, nessas localidades, a experimentar novas formas de expresso de f. Se, nas dcadas de 1980-1990, os traficantes de Acari expunham em seus corpos, em suas casas e nos muros da favela imagens e oraes que remetiam ao universo religioso afro-brasileiro, na atualidade, acionam uma gramtica pentecostal e pintam nos muros da favela salmos e outras passagens bblicas. Se antes pediam proteo s mes-de-santo, agora pedem proteo s lideranas evanglicas e comunidade de irmos, assim como comemoram seus aniversrios em cultos de ao de graa. A interface entre traficantes e evanglicos nas favelas estudadas, com destaque para Acari, vem produzindo, sustento, reequilbrios de poder no interior do campo poltico e religioso local e, at, supralocal.

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Este estudo tem por objetivo descrever a estrutura global de entrevistas de primeira vez entre uma psicloga e usurios de lcool e/ou outras drogas, tomando como recurso os movimentos interacionais e as aes sequenciais neles realizadas, a partir do instrumental terico-analtico da Anlise da Conversa Etnometodolgica, com foco nos conceitos de organizao seqencial e de agenda conversacional. O trabalho explora e problematiza o uso da ficha, espcie de roteiro disponibilizado pela instituio, e da agenda da profissional no processo investigativo em curso. Os dados indicaram que a ficha apresenta-se como instrumento de avaliao limitado. A psicloga, ento, necessita ampliar as questes e utilizar recursos sobressalentes para suprir a falta na execuo da tarefa proposta. A anlise revelou que a disposio dos movimentos interacionais orienta-se fortemente para a avaliao, permitindo-se que se visualize a agenda deste encontro. As entrevistas organizam-se em sete movimentos interacionais: identificar o usurio de lcool e outras drogas, investigar o histrico familiar, constituir a dinmica da drogadio, etc. A pesquisa de natureza qualitativa e colaborativa e destina-se a contribuir para a reflexo a respeito da prtica profissional psicolgica na rea da sade

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Este trabalho tem por objetivo geral apresentar uma ferramenta computacional auxiliar na gesto dos servios farmacuticos bem como alguns resultados alcanados com a sua aplicao na sistematizao do atendimento aos usurios do Centro de Ateno Psicossocial lcool e drogas (CAPS ad) do municpio de Vitria-ES, conhecido como Centro de Preveno e Tratamento de Toxicmanos (CPTT). O Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP) Mdulo Sade Mental possui um formato de banco de dados relacional, desenvolvido sob a plataforma Access e possui interface com o gerador de planilhas e grficos do tipo Excel , aplicveis a outras farmcias de unidades do tipo CAPS ad. Desde 2004 vem sendo utilizado e aperfeioado com uma proposta de informatizar a administrao da farmcia, possibilitando a instrumentalizao do farmacutico via emisso de relatrios para a gesto tcnica, operacional e estratgica, alm de propiciar a avaliao do servio baseando-se em indicadores scio demogrficos, de morbidade e especficos da Assistncia Farmacutica voltados para o campo da toxicodependncia. Para ilustrar o uso do PGFP so apresentados dados pertencentes a 489 pronturios de usurios cadastrados na farmcia no perodo de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, alm de 50 prescries mdicas sistematicamente selecionadas para cada ano, coletadas a partir do sistema. Com isso, foi possvel elaborar o perfil demogrfico, sciosanitrio dos usurios alm de aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica local. Foi utilizado o programa computacional SPSS 11.5 for Windows para a anlise estatstica exploratria descritiva (distribuio de freqncias) e inferencial (teste qui-quadrado) dos dados contidos nos pronturios. Dentre algumas dessas anlises, observou-se a prevalncia do Crack (44%) como substncia psicoativa. Revelou que a maioria dos usurios cadastrados so homens (82,4%), com faixa etria prevalente entre 25 e 34 anos (31,7%) e com grau de escolaridade equivalente ao 1 Grau Incompleto (41,3%). Com relao aos aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica pode-se observar um No. mdio de medicamentos prescritos por receita entre 1,6 1,7 itens/receita; um percentual mnimo de 96% das receitas atendidas na farmcia; e o Clonazepam como o medicamento mais prescrito no perodo. So citadas algumas limitaes do PGFP e dos dados apresentados. Conclui-se o presente estudo fazendo-se aluso a relevncia do Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP), em relao no somente ao seu potencial de uso na gesto estratgica e operacional da Assistncia Farmacutica em Sade Mental (lcool e drogas), mas fundamentalmente, como importante ferramenta de informao que propicia a elucidao do perfil da drogadio, despertando a percepo para os aspectos ligados sade pblica e as implicaes scio-econmicas sobre a populao em estudo.